sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Dois anjos caídos em busca do amor
Nem nós sabemos o por que
Movidos pela dor
Dor que nos aflige, nos guarda e nos guia

Nem acredito que você não estará aqui ao amanhecer
Meu corpo quente te espera
Em meus pelos saudade de tua pele macia
Poses na cama em noite fria

Sabe... me pergunto quanto mal te causo?
Se sem mim tudo não seria mais fácil?
Se a noite mais clara seria?
Se as estrelas continuariam brilhando ao teu redor?

Menino que guarda seus pesadelos
Teu tormento volta em preces
Tão quão guardas teu apreços
Guardas magoas felicidades e versos

Oh! Em tão belo seio
Que ferves paixões e anseios
Mornos, maliciosamente palpitas
Em tão belo balançar convidas

Menino que tantos sonhos guardas
Queres somente tal perfeição...
Se em tão belo balançar e singela feição
Tão grande amor aguardas...
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Como foi a imaginação que criou o mundo, ela governa-o...


o que escondes, Oh bela vaidosa?
será teu segredo tão obscuro quanto tuas formas?
em teu seio abriga mistérios serenos
canções de amor e ódio

puro egoísmo sádico
aos olhos, ostentas, quão bela forma
imponente, inalcançavel
ergue-se sobre almas ensaguentadas
eleva-se à sonhos delirantes

mostra-me de que é feita tua alma
de grandes paixões ou verdadeira farsa?
encantadora, atraente
como a leve dormência do mais doce veneno

domingo, 19 de outubro de 2008

"Ando só... Como se andasse em bando... Sem saber até quando..."

Ah! Jamais saberás ser superior,
Homem, a mim, conquanto ainda hoje em dia,
Com a ampla hélice auxiliar com que outrora ia
Voando ao vento o vastíssimo vapor.

Como ave torva e sem rumo,
Ondula, vagueia, oscila
E sobe em nuvens de fumo
E na minh'alma se asila.

Bem sei que no teu circulo maleável
De vida transitória e mágoa seria
Há manchas dessa orgânica miséria
Do mundo contingente , imponderável