sexta-feira, 26 de março de 2010

Versos inacabados (ou mal acabados) II :

As formas perdidas no vapor barato do cigarro
Contornando um riso sarcástico, ordinário
A lascivia percorre tuas veias domina teu peito
Escondido nas coxas um arrepio frenético a cada palavra
Sempre um porquê pressuposto em cada gesto

Perdida na madrugada, apaixonada pelas ruas
Tapeando a tantos que desejam viajar em suas curvas
Gracejando suas virtudes na pretidão das vielas
Fumo, vinho, sexo inebriando, exalando de seus poros
Olhar vagabundo, uma doce meretriz te revelas

Devassa, possuida do sussurro ao alarido
Corando-te da face a nadega num só estalo
Salivando prazer na orgia de seu pensamento
Delineando a noite com sua pele suada
regugitando, lívida, seu gozo frenético

quarta-feira, 24 de março de 2010

Versos inacabados (ou mal acabados):

CARICATURA.
.
Buscando o artificial, vivendo mentiras.
Pedroso peito, idear cruel.
Será o amor verdadeiro, fiel.
O que mais precisa de provas?.
.
Andei em uno na úmbria, no vale, nas vagas.
Agora procuro meus tantos outros, minhas caricaturas... .
Se em uno perdi-me, tapeado, insano.
Em outros refaço-me, lascivo, soberano.
.
Mas cai a noite, não há para quem fingir.
Atormenta-te tantas verdades assim tão bem ocultas.
perdido nas tantas faces de suas caricaturas.
Nos lençóis amarrotados para onde tentou fugir...